Tuesday, January 11, 2005

A alegria dos prazeres mais recentes são alucinações de loucas máquinas inventoras de erotismos mecânicos em festas nos hangares secretos das bases militares. Válvulas, pistões e outras peças abrem-se e fecham-se ao ritmo da passagem do óleo e combustivel num frenético gasto de energias em que sentidos blindados vêm ao de cima num prelúdio da carne queimada nas guerras de amanhã.
Abdómens metálicos arrastam-se pelo solo quente disparando poder sobre aqueles que já demais o conheciam em ejaculações de aço e pólvora que esterelizam em vez de fecundar.
Todo o espaço coberto de linhas que param na morte ou no vácuo.
Corpos de metal despido de carne unem-se em orgias de pele rasgada e sangue em paisagens destruidas para o efeito.
Balas mais que suficientes para exterminar a humanidade a tiro.
( uma bala diz a outra: somos estéreis até termos fecundado de morte alguém)