O experimento IV

Admirava Dalic mas estava a ficar a ficar desesperado. Não só já não compreendia o objectivo do experimento como cada vez mais as suas respostas mais do que me esclarecer me confundiam.
Para piorar o meu clima mental os dias mantinham-se cinzentos apesar da estação desses dias ter passado.
Na verdade o cor de laranja das frutas parecia ser uma das coisas que mais animo me davam. Vá-se lá perceber a alma de um homem.
Entretanto afeiçoei-me à cabra que sempre que saíamos ao campo me vinha comer à mão. Depois de coomer esfregavasse nas minhas pernas e eu fazia-lhe umas festinhas. Dalic do cimo da colina sorria-me.
Uma tarde o pastor apareceu pelas nossas costas por um caminho que até aí haviamos desconhecido. Sentou-se ao nosso lado e observou os nossos movimentos. Durante todo o tempo manteve-se a rir. Estava realmente divertido. Quando nos iamos embora pediu-nos um cigarro e lume e ficou a rir-se olhando as cabras.
Começava a perguntar-me qual o sentido do experimento com cada vez mais frequência.